O Cururu é uma manifestação que compreende música e dança, executada apenas por homens, em formação de roda, na maioria das vezes. Tocam a viola de cocho, típico instrumento mato-grossense, e o ganzá de bambu, chamado também de reco-reco, sendo, quase sempre, o cururueiro, o próprio artesão dos instrumentos.

Dois a dois, cantam versos e toadas sobre amor, religião, política, "causos", ou o que o mestre cururueiro quiser. Nos versos, é demonstrado todo o conhecimento do cururueiro.















Participam de festas em geral, sendo insubstituíveis nas festas de santos, quando cantam saudações ao santo e músicas apropriadas ao levantamento e à descida do mastro. Usam a expressão " brincar" referindo-se à manifestação, como nesse verso cantado:



"Desde que entrei nessa casa
Esqueci de louvar
Primeiro louvando o santo,
Segundo louvando o altar.
E quero tirar licença,
Permissão para brincar."

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