A manifestação da Dança do Congo, em Mato Grosso, é devocional a São Benedito, fazendo parte da vida sócio-cultural de duas cidades: Vila Bela da Santíssima Trindade e Nossa Senhora do Livramento, compreendendo a dramatização de uma luta simbólica travada entre dois reinados africanos.


O principal e mais chamativo adereço da Dança do Congo são os capacetes com penas de ema, enfeitados com flores de papel e fitas coloridas, que os soldados usam. Carregam na cintura um cantil contendo uma bebida chamada "Kanjinjim", feita à base de cachaça, gengibre, canela, cravo, mel, etc, que tem a função de estimular os dançantes para que consigam dançar durante dois dias, praticamente sem parar.









No dia em que comemoram São Benedito, os dançantes do Congo encenam a dramatização propriamente dita, em frente à igreja, após a missa. Depois, dançam pela cidade, cantando, marchando e protegendo os festeiros - Rei, Rainha, Juiz e Juíza, que carregam objetos sagrados - e ainda as "promesseiras", que acompanham o cortejo levando flores, em homenagem a São Benedito. Os músicos tocadores de ganzá, viola, cavaquinho, chocalho e bumbo, em Vila Bela, e marimba, tamborete e ganzá em Livramento, integram os exércitos, como soldados.

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